Português: Tomada de Malaca por Afonso de Albuquerque, agosto de 1511.
(1452/62-1515)
Azulejos de Victor Pereira (?), 1925 (c.).
Fotografia de 2020.
Pátio dos canhões do Museu Militar de Lisboa, Portugal.
A cidade portuária de Malaca controlava o estratégico estreito do mesmo nome, por onde todo o comércio de alto-mar entre a China e a Índia passava. A captura de Malaca foi o resultado do plano de impedir o comércio muçulmano no Oceano Índico, através da captura de Adem, a fim de bloquear o comércio através de Alexandria, depois, a tomada de Ormuz, bloqueando o comércio no Golfo Pérsico e de Malaca, para o comércio com a China. A ação foi empreendida pelo 2º governador da Índia, Afonso de Albuquerque (1452/62-1515), depois de fortificar a ilha de Goa, em abril de 1511, deslocou-se para aquele sultanato, então defendido por uma força de 20.000 homens e mais de 2.000 peças de artilharia. O primeiro ataque português ocorreu a 25 de julho de 1511, conseguindo acesso à ponte que ligava a zona continental à cidade de Malaca. Beneficiando do apoio dos comerciantes chineses, que forneceram um junco de alto bordo, com uma guarnição comandada pelo madeirense António de Abreu (1480-c. 1530), os portugueses vieram a desembarcar em terra firme, sendo depois confrontados com as forças do sultão, cuja frente era composta por elefantes de guerra. Um dos portugueses, Fernão Gomes de Lemos, experimentou e espicaçar um dos animais com uma lança, fazendo-o erguer-se e recuar, no que foi seguido pelos restantes militares, acabando os elefantes por carregar em pânico sobre as tropas do sultão dispersando-as. As forças portuguesas, no entanto, só entraram na cidade a 25 de agosto, depois de acordos vários com os principais comerciantes.